Depois de analisarmos as principais experiências de construção de casas pré-fabricadas na Venezuela,
podemos concluir que a actividade de construção de casas pré-fabricadas venezuelana nos anos setenta tinha um espírito de inovação e modernização. Os exemplos analisados demonstram que a sistematização dos processos de construção dos edifícios, permite várias opções sem ser repetitivo e monótono, coisa que é frequentemente associado construção de casas pré-fabricadas.
Em todos estes casos, a presença de processos industrializados vai além da solução de problemas técnicos, ligados à construção de edifícios, e oferece opções relacionadas com o carácter formal e qualidade do design, que mostra um potencial ainda a ser explorado.
A racionalização, visa fortalecer as relações que existem entre a fase actual do projecto e da construção de um edifício e, estabelecer as ligações entre a indústria, construção civil e a sociedade. Os processos de produção têm que ser reexaminados dando mais ênfase à protecção do ambiente e á poupança de energia. No entanto, a pré-fabricação e outras formas de industrialização não parecem discordar dos critérios de sustentabilidade. É importante salientar que as experiências apresentadas foram na sua época, cada um delas, nas suas próprias circunstâncias, opções competitivas no sector da construção. Além disso, sua viabilidade foi cumprida, não pela inovação tecnológica implícita de cada caso, mas porque se conseguiram impor pelo facto de terem custos mais favoráveis do que as outras alternativas com as quais tinham que competir. A falta de continuidade destes sistemas não tive muito a ver com o sucesso ou falha da técnica ou economia do projecto. As causas da descontinuidade foram associadas principalmente às condições políticas e económicas na Venezuela e no resto do mundo, que não permitiram uma avaliação adequada destas formas de produção. Actualmente a construção industrializada (pré-fabricada), na Venezuela, está limitada a experiências isoladas que, embora bem sucedidas, são tão dispersas, para consolidar uma proposta que satisfaça os problemas e demandas do sector da construção no domínio dos edifícios. Por outro lado, as escolas de arquitectura venezuelanas, nas últimas décadas, têm preferido o estudo do produto único de criatividade individual, dando maior atenção aos grandes projectos. Enquanto isso, a série de produção associada ao processo de normalização e pré-fabricação foi posto de parte, deixando este tipo de arquitectura, de certa forma anónima, fora de consideração. Com esta investigação aspirarmos recuperar a construção pré-fabricada.
A questão final acaba por ser, se a industrialização, e pré-fabricação ainda é uma alternativa para a solução de produção de construção massiva. Devemos repensar se temos de produzir em fábricas grandes ou pequenas, em séries pequenas ou grandes, se os componentes devem ser intercambiáveis, ou se deve haver liberdade para que muitas empresas construam e desenvolvam por conta própria. Mas, além dessas decisões, parece que esta forma deprodução ainda é uma opção para resolver, em curto ou médio prazo, os problemas técnicos, económicos e de eficiência da produção de edifícios, não só na Venezuela, mas em outros países em desenvolvimento.
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