Construção civil, agropecuária, indústria de fundição, indústria cerâmica e odontologia são áreas que utilizam o gesso, por conta das suas características físico-químicas surpreendentes. Mas, você quer entender mais a fundo porque é um material multifuncional utilizado em áreas nem sempre relacionadas? E também, quais são os diferentes tipos de gesso que você pode utilizar na sua obra? Você encontrará tudo aqui!
Se você é um profissional que trabalha com gesso, saiba que, além de conhecer toda a prática para manusear o material, é importante compreender aspectos mais teóricos, como a origem do gesso bem como a sua composição química. Vamos te ajudar com isso! Além de explorar suas diversas aplicações, focaremos no uso do gesso na construção civil para fornecer a informação que você precisa para aprimorar seu trabalho!
Depois de terminar de ler esse artigo, você terá aprendido não só sobre as características e aplicações dos diferentes tipos de gesso, mas também como melhorar a trabalhabilidade do material além de saber como aumentar a durabilidade, qualidade e resistência das peças fabricadas! Quer saber tudo isso? Venha com a gente!
O gesso é um dos materiais de construção mais antigos, junto com a cal e o barro. Aquecem e reduzem a pó a pedra de gipsita para produzir o gesso, em uma técnica que, acredita-se, foi descoberta por acaso ao escavar o solo para fazer fornos. Há registros do uso do gesso há 8 mil anos a.C., em regiões como Síria e Turquia, tanto para revestimentos quanto para a fabricação de recipientes.
As primeiras menções documentadas ao gesso surgem em obras de Teófrasto no século IV a.C., destacando seu uso em Chipre, Fenícia e Síria. Em Roma, Catão, Columela e Plínio o Antigo documentaram seu uso em construções. Em outras regiões, como na África, os Berberes usavam o gesso para construir canais e habitações.
A partir da invasão romana, o uso do gesso espalhou-se pela Europa, principalmente na construção de sarcófagos na região de Paris. No século XII, o gesso começou a ser amplamente utilizado em alvenaria e rebocos. Durante o Renascimento e o Barroco, o uso do estuque se intensificou. Em 1667, um édito de Luís XIV exigiu o revestimento em gesso para proteção contra incêndios, o que aumentou a demanda.
O primeiro estudo científico sobre a fabricação do gesso foi apresentado por Lavoisier em 1768, com avanços significativos no século XIX graças aos estudos de Van’t Hoff e Le Chatelier. Só no século XX, com a industrialização, surgiram técnicas e equipamentos modernos de fabricação, que permitiram o uso do gesso de forma ainda mais ampla e eficiente.
O sulfato de cálcio hemi-hidratado, CaSO₄.½ H₂O, compõe o gesso, obtido pela reação de calcinação da gipsita, conforme a seguinte equação:
hábito de cristal | Enorme, plano. Cristais alongados e geralmente prismáticos |
Decote | perfeito |
Geminação | muito comum em |
sinal óptico | Biaxial (+) |
Birefringence | 0.010 |
emergencial | Baixo |
O gesso possui propriedades específicas como a elevada plasticidade quando misturado em água e o endurecimento rápido, que facilitam o seu manuseio para a execução de detalhes e consertos. A leveza final do material também é vantajosa na hora de criar paredes, divisórias ou painéis.
As propriedades físico-químicas do gesso tornam-no um isolante térmico e acústico natural, superior a uma parede de tijolos.Também não é inflamável e resiste a até 120 ºC de temperatura, considerado um material seguro para casas e apartamentos.
O gesso ainda recebe bem todos os tipos de pintura e acabamento, e possui uma manutenção simples, bastando um pano úmido e sabão de coco para limpá-lo. Não libera poeira depois de instalado e não costuma rachar, absorvendo bem os movimentos naturais da estrutura.
Na lista de desvantagens, a sujeira na instalação é garantida, uma vez que o pó fino se espalha facilmente. Mas a maior limitação imposta pelo gesso é não suportar o contato direto com água ou umidade, impedindo seu uso em áreas externas ou úmidas. Hoje, aditivos específicos permitem o uso do gesso em outras condições, mas o gesso comum deve ser usado apenas em ambientes internos e secos.
O gesso pode ser classificado conforme o seu tempo de secagem. O gesso lento, como o próprio nome já diz, demora mais para endurecer, o que garante um tempo adicional para manuseá-lo. Este gesso é utilizado em paredes de concreto, tijolos cerâmicos, alvenaria e tetos.
Já o gesso rápido costuma secar e pegar forma em pouquíssimo tempo, de 9 a 12 minutos. Ele deve ser utilizado para fins específicos, como pequenas reformas, trabalhos manuais ou artesanais, fundir molduras e revestir superfícies internas.
O gesso em pó é aquele obtido através da moagem, que precisa ser misturado à água para criar liga. Trata-se de um excelente substituto para cimentos e massas corridas, fácil de manusear, nivelar e limpar. Seu uso é muito comum em superfícies planas, acabamentos e detalhes decorativos.
Também conhecido como drywall, o gesso acartonado é uma placa leve, com enorme variedade de tamanhos, formatos e aplicações. É um material pré-fabricado prático e que não depende de argamassa. A seguir, abordaremos mais usos do drywall na construção civil.
Pode parecer confuso, mas quando falamos de gesso em placas, não estamos nos referindo ao drywall. O gesso em placa é um material bem mais pesado, geralmente quadrado, semelhante a um revestimento. Revestem-se com frequência superfícies em 3D usando gesso.
Ainda pouco utilizado no Brasil, o gesso em bloco traz a possibilidade de estruturar construções com o material, no lugar de blocos de concreto. Esses blocos são pré-moldados e apresentam uma superfície bastante lisa, sem necessidade de rebocos ou chapisco para o acabamento final.
Como dissemos lá em cima, nosso foco é estudar o gesso na construção civil, mas agora vamos dar um panorama geral para você ter uma ideia da imensa diversidade de áreas que podem se beneficiar com o uso desse material.
A saúde utiliza amplamente o gesso em moldes odontológicos e na imobilização de fraturas na ortopedia, auxiliando na recuperação óssea.
Na agricultura, reduz a toxidez do alumínio e fornece cálcio e enxofre ao solo, fortalecendo as raízes. Nas indústrias cerâmicas e de fundição, serve como moldante para peças pré-moldadas, facilitando a desenformagem.
Enfim, chegamos ao que interessa: o gesso na construção civil. Temos as seguintes aplicações do gesso nesse ramo, a saber:
Viu como o gesso é um material multifuncional? Com certeza, a construção civil é o ramo que mais explora a utilização do gesso, mas deu pra perceber que ele é essencial para outras áreas também! Já que seu interesse é fabricar peças de gesso para a construção civil, vamos agora dar algumas dicas para facilitar seu trabalho. Leia a seguir o que prepara
O gesso lento possui um tempo de secagem maior, ideal para paredes de concreto, alvenaria e tetos, pois facilita o manuseio. Já o gesso rápido endurece em 9 a 12 minutos, sendo indicado para pequenas reformas e trabalhos manuais.
O gesso é um material versátil, cuja importância e diversidade de aplicações vão além da construção civil, estendendo-se para áreas como a saúde, a agricultura e a indústria cerâmica. Desde os primeiros registros do seu uso há milhares de anos, o gesso demonstrou ser um recurso essencial, com características físico-químicas que o tornam valioso para a criação de ambientes seguros, confortáveis e esteticamente agradáveis.
Na construção civil, o gesso permite acabamentos finos, divisórias eficientes e soluções decorativas variadas, destacando-se ainda como um material de fácil aplicação e ótimo custo-benefício. A compreensão sobre os diferentes tipos de gesso lento, rápido, em pó ou acartonado permite aos profissionais escolherem a opção mais adequada para cada projeto, otimizando o trabalho e a durabilidade das obras.
Assim, o estudo do gesso revela um material multifuncional que, com o uso correto e o conhecimento técnico adequado, pode elevar significativamente a qualidade e o acabamento de qualquer construção.
O gesso destaca-se pela leveza e trabalhabilidade, permitindo acabamentos finos e aplicação rápida. Além disso, possui boas propriedades de isolamento térmico e acústico e é resistente ao fogo, o que o torna seguro para interiores.
Na construção, os tipos mais comuns são o gesso lento, usado para revestimentos de grandes áreas e tetos devido ao tempo maior de secagem, e o gesso rápido, ideal para pequenos reparos e detalhes decorativos. Outras formas incluem o gesso acartonado (drywall) e o gesso em placas, usados para divisórias e forros.
O gesso comum não suporta bem o contacto directo com água ou humidade, o que pode comprometer sua integridade e causar desintegração.
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