Muitos já se terão apercebido de que as casas pré-fabricadas ou modulares estão em franco crescimento. As soluções que surgem no mercado são cada vez mais inovadoras.
Entre as ideias mais inovadoras de casas pré-fabricadas temos as casas de cortiça.
Fique a conhece-las um pouco melhor.
Em Portugal, uma das primeiras empresas a usar a cortiça como material de eleição foi a Goodmood – Arquitectura e Design, sendo a cortiça o seu foco de projeção e construção.
A verdade é que a eficácia da cortiça está comprovada tanto a nível térmico como acústico, já para não falar no facto de ser um produto natural. É, ainda, um produto nacional português, esteticamente agradável e que não apresenta custos de manutenção.
De facto, as casas de cortiça – cork houses – são um conceito inovador e exclusivo, apresentando, por isso, vantagens térmicas, acústicas, de segurança e manutenção quando comparadas com os métodos de construção tradicionais. Quanto às fundações necessárias, vão depender dos projetos, mas a Goodmood tem optado pelas estacas em madeira sempre que as condições assim o permitam.
Para quem não sabe, a inovação das casas de cortiça advém das características naturais desta matéria, como o facto de ser bastante leve, ser impermeável, excelente isolador térmico e acústico, lenta combustão e o facto de também ser 100% reciclável. Tudo isto junto, conferem às casas de cortiça vantagens verdadeiramente únicas e distintas dos restantes métodos de construção, como os tradicionais.
É exatamente devido às características que a cortiça tem e pelo facto de ser natural que vem gozar de um estatuto único em termos arquitectónicos, pelo que tem vindo a ser cada vez mais utilizada em projetos-chave por ser um elemento tanto diferenciador como iconográfico.
Mas as casas de cortiça também enfrentam a realidade de que os portugueses têm muitas reservas quanto ao uso de materiais que não sejam convencionais. Contudo, a própria Goodmood crê que com a informação disponível e com a cada vez maior preocupação ecológica mundial é possível encarar de forma otimista a aceitação das casas de cortiça que apresenta.
Em Portugal existem duas arquitetas que criam “casas” portáteis de cortiça para os sem-abrigo na cidade de Lisboa, é o chamado Projeto Cidades COM Abrigo, um dos projetos finalistas do concurso Cidades Perfeitas. São casas de cortiça, aliás, abrigos portáteis, apresentados como solução para minimizar a miséria nas cidades.
As jovens arquitetas criaram abrigos de cortiça que são portáteis e extensíveis (como uma caixa de fósforos), mas também são modelares e autos suficientes, pois têm um depósito de água e painéis solares.
Nesta espécie de casas de cortiça, os módulos mais pequenos “recebem” uma ou duas pessoas e têm o tamanho suficiente para se poder dormir deitado, para se trabalhar ou cozinhar.
Por outro lado, os módulos maiores foram pensados como espaços comuns, ou seja, para refeições, higiene, cuidados básicos de saúde ou mesmo inserção na sociedade.
Com este tipo de casas de cortiça, o que estas arquitetas pretendem é o estabelecimento de parcerias com as autarquias para que disponibilizem terrenos baldios onde estes espaços possam ser instalados.
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